quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Fernanda.

Fui mãe pela primeira vez aos 18 anos, um escândalo, uma irresponsabilidade, uma loucura, uma bêncão, uma missão, e por aí vai...Foi tanta coisa que ouvi! E fui mãe solteira. Aos 18 anos, eu olhava para minha filha, e quem chorava era eu.De medo. Meu medo era: Será que eu vou conseguir?

12 anos depois (...)

Fernanda está com 12 anos. E é uma mocinha com infinitas qualidades, e que temos que tentar achar um defeito;Ao contrário de mim, que sou uma mocinha não tão "qualificada" por assim dizer. Mas ela, é melhor que eu, mais esperta, e tem muito mais discernimento também. Minha mãe sempre me dizia ( ou me obrigava).."Faca por que sou sua mãe, ou faca porque eu estou mandando!!" Me fazia entender, que eu na qualidade de filha, não podia retrucar, pensar ou até mesmo ser amiga. Era mãe e eu filha. Nem me lembro quantas veraddeiras batalhas travei com ela. Agora mais velha, minha mãe, ( penso eu) revê seus conceitos educacionais.
Fato é que os "erros" que eu achava que minha mãe tinha comigo, eu tento não ter com a Fernanda, e consequentemente os "erros" que eu tive com minha mãe, não serão por mim sofridos ( agora que a mãe sou eu).
Fernanda é minha grande amiga,e eu dela. Somos confidentes. Adoro cada vez que ela volta da escola cheia de coisas e novidades. Adoro ser a mãe, que as amigas dela gostariam de ter, adoro ler junto com ela antes de dormir, amo a confianca, amizade e amor que temos uma pela outra.
Hoje meu medo é outro.
Quero me tornar desnecessária.
Mais aquela mãe desnecessária amada ...
Aquela que deixa os filhos voarem, mas que sabe que de onde eles estiverem, eles vão me ligar, e dizer que me amam..

Aiaiaiaiia, Como ser uma mãe desnessessariamente amada?? Se for dando amor, muito amor...Acho que chego lá.

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